Ultrapassa a derme. A carne. A corrente sangüínea.
Não enxergou as flores que eu coloquei num vaso bem bonito e colorido no alto da geladeira.
Não comeu o bolo que eu fiz nem leu a carta que escrevi, em meio ao fracasso e dor de não ser quem não sou.
Fez sexo consigo mesmo e esqueceu que eu estava ali; juntou as coisas todas numa frase só e disse sem repetir:
-Vá se foder.
O asco decorrente uniu-se ao suco gástrico e vomitei tudo de uma vez só.. A intolerância, incompreensão e desejo incomensurável de que tudo fosse diferente.
-Tudo o quê? [e mais uma vez o desprezo e a inconseqüência daquela boca que poderia ser minha]
Nada. Nada. Nada faz sentido, hoje. Ia comprar Nietzsche na feira, mas o vendedor disse que minha aura niilista era auto-suficiente.
segunda-feira, abril 14, 2008
Cala a boca, deita aqui e dorme
Regurgitado por Cá às 09:28
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4 comentários:
niilismo é o caralho.
De repente agente vê que perdeu ou está perdendo alguma coisa, bela e ingênua que vai ficando caminho.....
E tudo começou nas flores. Pois digo que se fosse diferente, doeria igual.
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