sexta-feira, janeiro 30, 2009

História para um sentimento oxidado.

A porta está aberta e de qualquer jeito dá pra entrar por ela, numa teoria muito simples elaborada em sete segundos e meio: Estica a mão, pega a maçaneta, gira o pulso aproximadamente 90º para fora e puxa-a como se quisesse trazer a porta para si. Pronto, primeira etapa. Depois, avista o interior, se borra de medo, inclina o corpo a 70º com a linha do horizonte e, com um pouco de coragem e vontade física, adentra o recinto com ar confiante, porém distante, para nunca transmitir a sensação de que se dá muita importância a um ato tão corriqueiro quanto, pasme, abrir uma porta e entrar.

E, então, estamos em casa outra vez.

sábado, janeiro 24, 2009

Memórias do Sub Consciente afetivo não descoberto por Freud parte I

Porque a gente bebe pra esquecer que a segunda-feira sempre vai chegar, e a vida inteira a gente engana o tempo pra fingir que ainda tem vinte, que os sonhos vão se realizar e que alguém, apesar de tudo, ainda acredita no que a gente diz.
Sorri, sim, com os lábios marotos e sorri também com os olhos esmeralda, e aproveita os minutos em que o álcool fala mais alto que a consciência. E dança, dança a música que parece ter sido feita pra hoje, e esquece que é o DJ quem está rindo da sua sexy desenvoltura.
NADA, além do amor, justifica uma existência. É por isso que a queda é sempre dolorosa: porque nos tira a razão. E, depois disso, qualquer voz é sedosa quando a alma é carente, o sentimento, gritante; e o choro, iminente.
Nem a vodka nem a perda, com todos seus esforços históricos, são capazes de tirar de um homem o que ele mais teme: a sua quintessência.
Quando se busca prazer se busca também dor. Acredito que seja por isso que carreguemos, durante a vida toda, nossas próprias granadas.

Repito erros diferentes só para parecer que não sou burra. Assim como você.

Dos ônibus e da vida adiada (vadiada)

Você me perde e eu perco você.



da janela do ônibus a vida é engraçada, tão bela assistida que só despida fica normal.