Montar o pinheiro é a coisa de que mais me lembro da minha infância. O cheiro de coisa guardada, os enfeites novos e os quebrados, todos dividindo o mesmo verde pinheiro gigante que não tocava o teto mas alcançava o céu, nas minhas fanfarronices de menina que quase aprendeu a ser menino.
A mãe continua montando coisas e espalhando enfeites, mesmo que as crianças não peçam, mesmo que as crianças tenham inchado, mesmo que o gato não tenha mais peixe pra comer na véspera do Natal porque descobriu que a árvore podia facilitar seu acesso ao que era proibido.
Todos nós aprendemos a facilitar o que nos é proibido.
Sem crueldade desta vez. Porque no natal é espírito natalino, e no resto do ano é espírito de porco.
A unha vermelha e o vinho são pra esquecer quem esquece de avisar que nos esqueceu.
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Verde, vermelho e Vinho.
Regurgitado por Cá às 01:51
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4 comentários:
Eu indiquei seu blog pro prêmio Dardos... passa lá no meu blog pra pegar o selo...
Natal...Já passou...É sempre uma merda.E o Santa Claus não lembrou de mim.Mas se o seu natal foi tão singelo e e fofo quanto você escreveu,eu até sentiria inveja.
não esqueci de você. nunca.
Oi, guria!
Unhas vermelhas são bonitas. E o natal é bonito também. Um bonito fingido mas, ainda assim, natal.
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