segunda-feira, dezembro 17, 2007

Indigestão.

Abdico das opiniões concretas demais, das explicações explicativas demais, das realidades absurdas demais, das dores ridículas demais.
Mas não abdico dos sentidos dormentes-pois um dia eles acordam-, nem dos sorrisos doentes, das dificuldades iminentes e

de mim.

Eu queria correr e esconder toda essa lama que sempre sobe até a cintura quando cruzo a rua. Esconder os sentimentos podres, que mofam na geladeira estragada; esconder as realidades que não existem.

-Você tem alucinações?
-Não, não tenho.
-Você bebe pela manhã?
-Não, não bebo.
-Você...
-Eu acho que o mais importante é saber que eu estou consciente de tudo.

Não de tudo, aquele tudo, os 4 mi/bilhões de estímulos por segundo, mas o outro tudo. Aquele tudo.
Maldito dia em que a gente acorda e se depara com a nuovìssima versão de si mesma: a versão de hoje.

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