O que será que te faz largar a bicicleta e sair correndo gritando provando pra si que não há motivo evidente pra viver sem retorno? O que será que te faz comprar tantas coisas das quais não precisa e te faz procurar com a garra mais forte do mundo uma garrafa de álcool que não te pergunte o que espera da vida? O que será que se esconde atrás dos muros e que te desperta a curiosidade, que te tira do sono mesmo que não tenha dormido à noite, o que será que seria da tua vida se não saísse do armário ou do bolso ou de dentro dos livros? O que será que te mete tanto medo que te faz sair de casa à noite procurando o perigo escondido , o que será que te mata com calma e dilui tuas cores, que te protegedo escuro e te molha por dentro? O que será que me foge o controle que me explica que de amor só se fala em voz baixa e a meia-luz, o que será que não tem nome mas eu grito chamando pra vir me buscar?
Eu ou tu, o personagem sempre se perde no final - que não existe-, quando deveria se encontrar. Não sentisse o aroma adocicado do melão apodrecendo na mesa, me puxando pra saborear um presente ultrapassado e não-inédito, poderia dizer que vivo a vida vizinha, bandida, clandestina, de não saber qual será a minha nova versão.
sexta-feira, abril 24, 2009
Para os refugiados de si.
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sábado, abril 18, 2009
Allegro moderato
Um surto de consciência.
Oxigênio. Sugar, com os olhos também, a vivacidade que se esconde na poeira, além das paredes que se estreitam. Precisa quebrá-las pra enxergar.
Agora entendi finalmente o uso
das paredes de vidro.
Regurgitado por Cá às 01:33 2 comentários
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