segunda-feira, maio 26, 2008

A todos que derreteriam num sorvete de morango

Ou: Dos dias que a gente lembra.


Não é certo que todo dia será uma lembrança memorável, ou que viveremos plenamente ao consumir becel, mas então por que acreditamos nisso e cobramos dessas cabeças cansadas sempre os melhores resultados que poderiam ser atingidos - não por nós, mas pelos outros?



Demorei 14 anos para perceber que minha vida jamais seria como um comercial de margarina - não por pessimismo absoluto ou redenção ao mínimo, mas por lealdade para com minhas metas.

Depois disso, mais um ano para descobrir por que eu não deveria brincar com o que as pessoas sentem.

Aos 16 senti falta de muita coisa que só teria descoberto depois de velha.

Depois disso, entrei numa de jogar roleta russa com os fatos da vida que, agora, 18 anos e mais um pouco depois daquele fatídico 1° de outubro, eu revejo fotos e reavejo sentimentos.


E agora, sem eiras ou beiras, certeza ou sertralina, grana ou paciência, eu chuto algo pra bola cair na cesta, e caminho. Caminho em mão única sem ultrapassagem.
Isso sem lar, sem açúcar e sem soníferos.
Tudo pelo preço da consciência.
Tudo pra saber que,
afinal,

vale a pena.

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