Pular do telhado. Gritar o soluço engasgado. Tropeçar, correr, levantar, de medo morrer, não sucumbir. Ler coisas estúpidas, agradecer a sanidade que resta pelas asneiras não cometidas, chorar. Tossir escafandros, delícias vermelhas, doce deleite duvidoso. Amaciar a carne. Humana, sim. Seguir a linha pontilhada, imaginar que tudo é uma continuação de recomeços. Admirar, porque sou boa nisso. Buscar com todas as forças não dar sorrisos debochados. Mastigar 60 vezes. Dormir 4 horas por noite. Chegar em casa e tirar os sapatos, adiantar o trabalho atrasado, a vida adiada, estender a alma molhada. Imaginar um sofá na sala, deitar nele. Não estar sozinha, solitude, dividir mais coisas que um pacote de bolacha e uma porção de dvd´s. Mergulhar. Porque traz um alívio, todo dia a desgraça vira história. É lindo, é lindo, deita na cama e cheira o peito de quem dorme contigo. Não tem nada melhor, nada melhor, do que dividir a solitude adociada com alguém salgado.
segunda-feira, junho 22, 2009
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